terça-feira, 6 de maio de 2008

Instrumentos: agulha, anemómetro e odometro

Estes são os instrumentos mais básicos, mas também muitas vezes os mais utilizados no auxílio à navegação.
Apesar de durante muito tempo, a agulha (equivalente náutico para bussola), ter sido um dos instrumentos mais importantes a bordo, actualmente e com o desenvolvimento de novas tecnologias, tem uma função meramente auxiliar. Em grande parte, devido à complexidade das conversões necessárias, para passar o valor apresentado de magnético a real. Tendo em consideração factores correctivos como a declinação magnética (variável conforme a posição geográfica) ou as próprias interferências magnéticas do barco (variáveis conforme o rumo) e os abatimentos. Assim para sabermos que rumo seguir, consultanos o gps que nos informa qual o rumo para o ponto definido, e o rumo actual. Com estas informações sabemos quantos graus temos de alterar o nosso rumo e para isso já podemos utilizar a agulha, uma vez que estamos a falar de graus e não de rumos. O mais provável é a proa da agulha variar 5 a 10 graus do rumo do gps.
O odometro e o anemómetro são dois aparelhos que funcionam em conjunto, sendo que o primeiro mede a velocidade à superfície através de um sensor no casco e o segundo o vento aparente com uma giroete no topo do mastro. O anemómetro, utiliza a informação do odometro para converter o vento aparente em real. Ou seja se estivermos a navegar contra o vento a 5 nós de velocidade com 10 de aparente, o anemómetro irá retirar a nossa velocidade ao pararente, obtendo uma leitura de 5 nós de vento real.
Referi que a informação fornecida pelo odometro era relativa à superfície, pois a velocidade ao fundo poderá ser diferente, caso exista alguma corrente. Se formos a navegar a 5 nós de velocidade à superfície e o gps marcar 8 nós de velocidade ao fundo, podemos deduzir que estamos com 3 nós de corrente favoráveis. É claro que estas contas deixam de ser tão imediatas, quanto os ângulos começam a abrir!

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