sábado, 17 de abril de 2010

De nós e dos outros...

Sentado escuto o que gosto e,
do que não, abstraio-me...
A agonia mantém-se-me e
não me larga...

Dance with me (dos Genesis)?... Não, nunca mais...chega!

A génese do homem é a verdade e,
a não verdade, corrói-me e
não me larga...

Lamento os que não verdadeiros, se escondem
no seu próprio refugio e,
julgando ter luz, se apagam
sem vislumbrarem dos outros a lucidez...

Assim cada homem na sua verdade, e
na verdade dos outros, outras verdades...

Fizemos o circo...somos os palhaços!

Que assim naveguemos por todos os tempos!...

Nós Blaus... e os outros!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Hasta Siempre, Cariu

Para quem ainda não tenha reparado, a Equipa Blaus já não corre no (ou pelo ou com o) Cáriu. Pois. Estas coisas são como as relações, há umas que correm bem, outras mais ou menos e outras nem por isso e, ao fim de um tempo, é altura de cada um seguir o seu caminho, sem grandes mágoas ou ressentimentos, e procurar a sua felicidade individual. Foi bom enquanto durou, como se costuma dizer, mas há rumos diferentes e objectivos diferentes, que por serem diferentes, não são para serem percorridos em conjunto.

Foi um enorme prazer viver as experiências e sensações que o Cariu e o seu digno proprietário, Assildo Duarte, nos proporcionaram, que nos permitiram ir mais além e evoluir. É um barco excelente que ganhou o nosso afecto e que não temos dúvidas que, com as adaptações necessárias, tornar-se-á ainda mais competitivo do que já é hoje. Claro que teve a sombra do “Projecto”, nosso claro rival das últimas épocas, e perante o qual não conseguimos os resultados que desejávamos, mas isso faz parte da evolução.

Nas mãos da Equipa Blaus, leme do Luís Raposo e com a bênção do armador, o Cáriu percorreu por diversas vezes a costa Algarvia, numa das épocas participou em várias regatas na costa sul de “nuestros Hermanos”, foi convidado e dirigiu-se por duas vezes a Lisboa para participar na QuebraMar e, como jóia da coroa e cereja no topo do bolo, atravessou parte deste oceano, a enfrentar um mar de meter respeito e pregar uns cagaços, para participar no campeonato do Mundo nas Canárias.
Não temos que nos queixar e recordaremos sempre o Cáriu com respeito e admiração, agradecendo os momentos vividos a bordo. Há só uma questão pendente ainda sobre uns leitões assados em falta por parte do digno Armador que deveria ser resolvida um dia, porque as promessas são para ser cumpridas, mas tirando isso, tudo bem. Logo se vê.

Em qualquer dos casos o Cariu continua a representar as cores do clube e está em boas mãos. A equipa que hoje comanda os destinos deste veleiro é liderada pelo Rui Belchior e sobre isso só temos a dizer que, sem sombra de dúvida, não podia estar em melhores mãos. A mudar de equipa que seja por uma que gostamos, respeitamos e admiramos.
A eles e ao Cáriu, que o período de adaptação seja tão breve quanto possível e que as vitórias comecem a chegar. Vamos estar atentos.

A Equipa Blaus

Spi Ouest 2010

10 primeiros classificados na Spi Ouest 2010, na classe IRC 2:

1º X40; 2º X37; 3º A35; 4º A35; 5º A35; 6º First 40.7; 7º GS 37; 8º JPK 110; 9º First 35 e 10º A 35.

Alguém quer partilhar pensamentos?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Obrigatório ver...

Para aqueles que não podem trabalhar à chuva, agarrem numa cerveja e sentem-se confortáveis numa cadeira e assistam a estes vídeos...









Tejogate

Mais um fim-de-semana de regatas em Lisboa! Depois de uma primeira manga do Troféu Caixa Galicia em grande forma para os representantes da equipa Blaus, estivemos presentes na Regata Aniversário Associação Naval de Lisboa.

Com largada marcada para as 11:00h, mais de 30 veleiros entreteram todos aqueles que escolheram a zona de Belém para passar o dia de Sábado e assistir a esta largada. O percurso consistia na rondagem de uma baliza junto à zona da Expo, baliza junto à Cuf e chegada a Belém.

O veleiro que nos convidou a participar nesta regata, era um Dufour 325, que não é de forma nenhuma um regateiro de raiz. Termos uma genoa de enrolar, vela grande de Lazy Bag e palamenta completa a bordo (obrigatória por lei e por conforto!), não foi impeditivo para conseguimos largar, realizar toda a regata e chegar em primeiro da real, na nossa classe. A bolina foi de grande contenção táctica, uma vez que todos os principais adversários (que nos pagavam tempo), seguiam atrás de nós. Assim optámos por uma táctica defensiva, controlando a frota, pois a posição de 1º da real era excelente.

Após rondarmos a primeira baliza, tivemos de “colocar na água” a nossa vontade… Uma popa arrasada contra a corrente com um balão assimétrico, não é fácil!!! Com bastante diálogo entre trimmers e skipper, conseguimos realizar a “proeza” de (em velocidade) aguentarmos o sotavento para os adversários mais directos. Depois de rondarmos a baliza da Cuf e cambarmos, tivemos talvez a parte mais difícil desta regata. Combatendo contra a corrente, com o vento a obrigar-nos a manter um rumo acima dos 140 graus, tivemos de tomar um banho de água fria e fazer-nos à vida. A opção foi atravessar o rio com a pressão. Conseguimos apanhar um dos pilares da ponte 25 de Abril que nos deu algum abrigo, mas chegar à margem norte a cerca de 1 milha da chegada, foi algo que queríamos evitar ao máximo e não conseguimos. Isso obrigou-nos a cambar diversas vezes (de Assimétrico!), cada vez que perdíamos a pressão lá íamos para os 130 ou mesmo 120 graus… *desespero*. Fizemos uma última cambadela mais afastada da margem, que nos permitiu navegar um pouco mais em pressão e deu-nos aquilo que queríamos, chegámos em primeiro da real!!! J

O primeiro lugar estava assegurado, não fosse a Tejo Gate! J Ou seja… Fizemos toda a popa com a corrente contra, mas os últimos barcos a rondar a baliza da expo, já o fizeram com a corrente a favor. Assim beneficiaram de 3 ou 4 nós extra na velocidade. No final acabámos por ficar em 5, sendo que o barco que ganhou chegou cerca de 23 minutos depois de nós, todos os barcos que ficaram à nossa frente fizeram a popa ou pelo menos parte dela com corrente a favor.

Bom se não conhecêssemos o nosso desporto até podíamos ficar chateados… São as vicissitudes da vela. Muitas vezes (mas nem sempre), no final vêm algo de bom à superfície…

Acima de tudo foi um excelente fim-de-semana, em que nos divertimos imenso. Mais virão…